Centro Histórico de Santiago do Cacém

História

Santiago do Cacém

Santiago do Cacém situa-se a cerca de 1 km para Oeste das ruínas da denominada Miróbriga, de origem pré-romana.

(…) A ocupação romana deste espaço vai dar lugar (com a lacuna que a fase visigótica ainda hoje ocupa na nossa investigação histórica) à dominância árabe de cinco séculos.

(…) a vila do mouro Kassem, afirma-se sobranceira a toda a região que domina, com o seu castelo, desde o século VIII até ao século XII. (…) No entanto, é provável que entre 1158 e 1160 o castelo árabe tenha sido tomado por tropas fiéis a D. Afonso Henriques. Em 1161, os mouros devem tê-lo recuperado. Terá voltado a ser cristão entre 1162 e 1166. Foi doado à Ordem de Sant' Iago de Espada em 1186, embora em 1184 se tenha iniciado a grande ofensiva almoada que até 1217 restaurou o regime islamita de novo até ao Tejo. É nesta data que se faz a ocupação definitiva pelos frades guerreiros. Assim, passando a Vila de Kassem a pertencer de facto à Ordem de Sant'Iago, mantém o antigo nome ao qual se antepõe o da Ordem: (Terra ou Vila ou Castelo de) Sant'Iago (que era) de Kassem.

Já considerada oficialmente com a categoria de Vila em 1186, recebe a sua primeira Carta de Foral com D. Dinis.

A organização municipal assente nos homens-bons, nos alvazis, nos jurados nomeados pelos cavaleiros-vilãos e peões, e que representava a força vital do concelho, foi alterada por D. Manuel e começa então a magistratura administrativa dos Vereadores, a chamada Câmara.(…)

Os seguintes factos traduzem não só a riqueza dos Senhores, como o guindar da vila florescente e pitoresca da primeira metade do século aos destaques do país: em 1895 chega a Portugal o primeiro automóvel. É propriedade do Conde de Avillez, de Santiago do Cacém; o primeiro Rolls Royce que veio para Portugal, veio também para Santiago do Cacém, propriedade de José de Sande Champalimaud;o registo n.º 1 para automóveis, passado pelo Ministério das Obras Públicas em 1901 é para Santiago do Cacém, em nome de Augusto Teixeira de Aragão.

Vai ser necessário esperar pela década de 70, depois de 40 anos de estagnação, para a vila iniciar nova fase de expansão urbana, a maior da sua existência secular, agora planificada e projectada. (…)

Excerto do texto de autoria de Dr. Sérgio Pereira Bento

Santa Cruz

A data da criação da Freguesia de Santa Cruz permanece ainda desconhecida da história local, embora a sua constituição possa ter ocorrido na primeira metade do século XIV, durante o período em que a bizantina D. Vataça Lascaris foi donatária da Comenda de Santiago do Cacém e trouxe a venerável relíquia do Santo Lenho para a Igreja Matriz - um pedaço da Cruz de Cristo -, o que pode explicar a origem da criação e denominação do orago da freguesia.

Nos finais do século XV ou nos primeiros anos do século XVI, a freguesia deve ter-se desenvolvido o suficiente para que fosse construída ou reconstruída a igreja ou ermida então existente. O terramoto de 1755 danificou dois montes, o telhado e a parede sul da igreja; a Fonte do Nabarro e a Fonte Telhada, de onde havia saído "miraculosamente" o ouro com que se fizera a primeira coroa de Imperatriz da Festa do Espírito Santo, em Santiago do Cacém haviam na freguesia dois moinhos de água. No século XIX, em 1858, a freguesia voltou a ser vítima de um outro terramoto.

No último quartel do século XX, a freguesia de Santa Cruz registou um desenvolvimento urbanístico, que se traduziu no aumento do número de fogos na aldeia e no lugar de Ademas de que resultou o consequente aumento da população.

São Bartolomeu da Serra

A Freguesia de São Bartolomeu da Serra possui um importante valor histórico, patrimonial e cultural, cuja fundação não é muito exacta mas segundo registos do Padre António Macedo e Silva em “Os Annaes do Município” poderá remontar ao ano de 1500, com mais de cinco séculos de existência.

O culto a São Bartolomeu vulgarizou-se durante a década em que reinou D. Pedro I (1357 a 1367), que foi grande devoto do apóstolo. Existe uma imagem gótica de São Bartolomeu como sendo de meados do século XIV, que se encontrava na Igreja da localidade e que se encontra actualmente no Museu da Colegiada na Igreja Matriz de Santiago do Cacém.São Bartolomeu da Serra possui uma atividade económica, social e cultural essencial para a vida e desenvolvimento da sua população.

Destacam-se a sua igreja paroquial e a estação do caminho-de-ferro inaugurada em 1932 que a par do conjunto arquitetónico do Monte das Relvas são património de inegável importância histórica e turística.

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